Quantos de nós, que corremos em trilhos e montanha, que já ultrapassámos desafios inimagináveis para muitos e para nós próprios, que corremos distâncias absurdas de 50, 100, 200 e mais quilómetros, que subimos a picos gelados e corremos na areia quente do deserto, quantos de nós nunca ultrapassámos os limites da segurança por uma vez que fosse, ou nunca apanhámos um susto – maior ou mais pequeno, ou nunca reflectimos após uma qualquer acção mais tresloucada: desta vez até correu bem…
Vem esta pequena reflexão a propósito do João Marinho se encontrar desaparecido nos Picos da Europa, atleta que não conheço pessoalmente, mas que a julgar pelas palavras de amigos que o conhecem, só pode ser uma excelente pessoa e um excelente atleta.
Não sei se o João Marinho teve um qualquer percalço ou não, nem de que modo planeou e preparou a sua aventura.
A reflexão que pretendo fazer é que todos nós já arriscámos aqui e ali, seja num trilho urbano à porta de casa, na serra que corremos todas as semanas, ou no estrangeiro num local desconhecido. Já todos tivemos percalços, acidentes, azares e sorte, muitas vezes sem consequências, outras com pequenas mazelas, e por vezes com resultados menos felizes.
Estudem bem e preparem ainda melhor as vossas aventuras. Invistam na vossa própria segurança como fazem no restante equipamento; hoje é muito fácil poder ser localizado em tempo real em quase todo o mundo.
E quando tiverem que se aventurar aventurem, quando tiverem de arriscar arrisquem, mas nunca que se esqueçam que não somos imortais…
“Nothing is as important as passion. No matter what you want to do with your life, be passionate”, o pessoal espera-te de volta João.
Tens razão Nuno, a segurança é algo que nunca deve ser descurada. Espero que o João apareça rapidamente. Não o conheço pessoalmente, mas sou ávido fã das suas aventuras, o blog dele é algo de extraordinário
Um abraço
Tenho o prazer de conhecer o Joao, uma pessoa extraordinária simples e humilde como todos os atletas que tive o prazer de conhecer pessoalmente. Espero que tudo corra pelo melhor e que não passe de uma forma de todos nós termos mais consciência nas nossas aventuras.
[…] E já agora nunca esquecer que não somos imortais, como em tempos escrevi aqui. […]
[…] E já agora nunca esquecer que não somos imortais, como em tempos escrevi aqui. […]