Sábado, Castelo de Palmela, 16h32.
Já tinha comigo o dorsal para o Arrábida Ultra Trail e tinha agora de me dirigir a outra sala para recolher o respectivo chip de controlo de tempos e passagens nos check points da prova.
Desta vez calhou-me em sorte o dorsal com o número 7.
Não sou supersticioso e a questão do número do dorsal é-me indiferente, mas reconheço que há uns números mais bonitos do que outros, seja pela configuração dos algarismos que compõem o número, seja por ser um número coincidente com um qualquer outro significado que me ocorra no momento.
O número 7 podia levar-me às mais diferentes interpretações, desde a representação dos sete dias da semana e as sete cores do arco-íris, passando pela teoria de que o 7 é o número da perfeição, ou de que é um número mistico em diferentes religiões onde, por exemplo, o 7 é o número da Criação resultado da soma do céu (3) com a terra (4). Podia ainda divagar sobre serem 7 as ciências naturais, serem 7 as virtudes, serem 7 os pecados mortais, assim como são 7 os sacramentos, as notas musicais, os génios persas, os arcanjos judaico-cristãos e o chacras no ioga. Até na matémática o 7 é o único número simples para o qual não existe uma regra simples se quisermos determinar se ele é factor de um determinado número. O sete é um número primo e o único a não ser aritmeticamente nem múltiplo nem divisor de um outro número entre 1 e 10. O 7 é, sem dúvida alguma, um número diferente e calhou-me em sorte no dorsal para esta prova.
Quis o destino do momento que utiliza-se uma interpretação bem mais prosaica do número 7…
Entro na sala para recolha do chip, aguardo pela minha vez e dirijo-me a um dos colaboradores que empenhadamente efectuava a activação e validação do número do dorsal com o chip de controlo, e digo: “Boa tarde, dorsal nº7”. O colaborador não desviando os olhos do portátil, procura os meus dados, valida o meu nome e activa o chip num outro zingarelho, confirmando em voz alta: “Número 7, Nuno Gião”. Tentando ser espirituoso com o número 7 respondi: “Não, número 7 Cristiano Ronaldo!”. Genuinamente preocupado com a diferença de nomes, o colaborador olha para mim enquanto valida o nome escrito no dorsal e afirma: “Não pode ser, não é possível o nome no dorsal estar errado” e prosseguiu o seu trabalho satisfeito quando constatou que não existia nenhum erro e que o nome esctito no dorsal era mesmo “Nuno Gião”…
Provavelmente um colaborador novo e com pouca experiência. Só pode!!
Afinal quem não conhece o 7 dos ultras? O Cristiano Ronaldo dos croquetes?
😀 😛
Abraço Nuno.
A inveja é uma coisa muito feia…. Vai mas é dar corda aos sapatos Sr. Vargas 🙂