Há apenas uma corrida, onde por melhores atletas que sejamos, a derrota está assegurada. A corrida da vida, mais tarde ou mais cedo, verga-nos à sua vontade e a partida para o “outro lado” será sempre a nossa derrota.
É claro que cabe-nos a nós lutar por ir o mais longe possível nesta corrida contra o tempo, e ir vivendo nas melhores condições até onde a qualidade de vida nos permita desfrutar com qualidade todos os momentos e alegrias.
Quis o destino que o meu amigo João Vargas cruza-se mais cedo a meta desta corrida. Uma corrida que não sabe a vitória, mas antes tem um sabor esquisito, assim como se alguém nos pregasse uma rasteira e fossemos obrigados a abandonar a prova.
Partilhámos muitos quilómetros, muitas conversas, muitas parvoíces e muitas coisas sérias, e muitos outros quilómetros, provas, conversas e parvoíces ficaram por partilhar.
Onde quer que estejas Vargas, continua a contagiar todos com a tua alegria de viver e vamos continuar juntos contigo, a correr estradas, serras e montanhas por aí.

Até Sempre…
[…] na realidade, estou convencido que a culpa deste abandono foi do Vargas, que lá onde ele está, deve estar desconsolado com tudo […]