Eu Maior, um filme sobre autoconhecimento e busca da felicidade.
Quem sou eu? Para onde vou? O que sou eu?
Questões que me coloco frequentemente quando estou a correr longas horas na montanha. Não raramente, dou por mim surpreendido por ter completado troços de dezenas de quilómetros e não me recordar dos percursos e dos caminhos que ficaram para trás, tal a abstracção com que os meus pensamentos me envolvem, quase sempre sem resposta concreta e objectiva, num simples divagar da alma à procura de respostas para as quais não tenho conhecimento.

Eu Maior, é um documentário que conta também com o testemunho de desportistas, que apresentam pontos de vista com os quais me identifico a 100%.
Carlos Burle, é um surfista de ondas gigantes, o tal que bateu o record do McNamara na Nazaré, e que diz:
“Eu gosto de desafios. Se nos expomos de uma maneira louca, nós morremos. Se nos expomos de uma maneira preparada, nós aprendemos.”
É esta aprendizagem que eu procuro em todas as aventuras em que participo, e já agora na vida em geral. É o preparar-me, estudar e antecipar as possibilidades, estar apto a atingir os objectivos a que me propus, no fundo é aprender a conquistar desafios, a atingir metas, superar os meus objectivos e no fim poder mostrar um grande sorriso para partilhar a experiência.
Waldemar Niclevicz é um alpinista de renome mundial, que já escalou os principais cumes da Terra, uma espécie de João Garcia brasileiro. Diz ele no seu testemunho:
“Eu precisei de ir até à montanha para me encontrar, para poder me ver diante um espelho.
Você está na montanha desempenhando um esforço físico intenso, muitas vezes correndo risco, gera-se uma grande introspecção, você começa a pensar em tudo na sua vida, naquele momento que você está ali, é incrível com a minha cabeça viaja nesses momentos em que estou na montanha, e aí você começa a se conhecer, começa a resolver problemas dentro de você e ter forças para encarar o mundo, encarar pessoas, encarar situações, isso causa uma evolução, eu percebo que eu melhoro a partir do momento que eu vou para a montanha e volto para a cidade.”

É incrível a maneira como me revejo no que ele diz, e como consigo entender perfeitamente esta introspecção em que de facto os nossos pensamentos circulam a uma velocidade estonteante, onde temos ideias, soluções, descobrimos novos problemas, e nos perdemos na imensidão da alma.
Esta aprendizagem, conhecimento, introspecção, realização pessoal, ir buscar forças a um interior que muitas vezes desconhecemos, são ensinamentos que tenho vindo a apreender e a conhecer cada vez melhor.
2016 será um ano em que vou buscar ainda mais este auto conhecimento. Não me interessa competir mas sim realizar-me e ser feliz, e é nesta busca que parto para mais um ano de aventuras.
Reservem uma hora e meia do vosso tempo e vejam este filme que de facto não é tempo perdido. De preferência vejam acompanhados, é um documentário propício ao debate e à troca de ideias. Aqui não há respostas, até porque não as há, mas apenas perguntas, sobre nós e a nossa existência.
Continuação de bons treinos e de boas aventuras!!!
A pergunta maior…. A consciência maior! Obrigado pela partilha. Realmente um grande filme.
De nada 🙂 Espero que continue a acompanhar os desafios que vou colocando no blog. Obrigado 🙂