MIUT 2015, Curral das Freiras, 13h20. O meu estado de espírito era de “so far so good”.
Estava tudo a correr mais ou menos de acordo com o previsto e podia agora sentar-me, descansar um pouco, comer e mudar de roupa, não necessariamente por esta ordem. Ia com 61 quilómetros nas pernas, pouco mais de metade da prova. Ia um pouco surpreendido com a facilidade que conseguia trepar todas as subidas e também um pouco surpreendido pelas dificuldades que as descidas me estavam a colocar.
Na descida da Encumeada para o Curral das Freiras começou uma dança com um casal de atletas, (ela madeirense, ele inglês), que iria durar até ao final da prova. Eles passavam-me sistematicamente a descer, eu passava-os sistematicamente a subir.
Uma das coisas que dá um boost extra durante estas provas longas, é ter presença da família ou amigos ao longo da prova.
No Curral das Freiras lá estavam a Isabel, o Ricardo, a Paula e a Andreia, para me presentearem com os seus sorrisos e palavras de motivação, a ajudarem-me na recolha do saco com a roupa lavada, irem buscar-me algo para comer, e oferecerem-me uma cerveja preta que me soube pela vida.
O boost estava recebido e era tempo de zarpar em direcção ao Pico Ruivo. Não havia mais tempo para ronhas.
Eram 14h30.
O Luís Fernandes estava a cruzar a meta no Machico.
Eu ainda tinha 54 quilómetros pela frente.
Continuação de bons treinos e de boas aventuras!!!
Não conheço esses locais. Porém, sei que são incríveis, são pedacinhos de céu, chega a assustar, sentirmo-nos assim rodeados de tanta quietude, Posso imaginar o que sentiste…. Faço votos de boa chegada a Pico Ruivo.