Quem costuma acompanhar as minhas aventuras, sabe que há cerca de 4 anos me converti aos ténis minimalistas e com drop 0. Este tipo de sapatilha, na minha opinião, quer em estrada quer em trilhos proporciona a forma mais natural de correr.
Para correr em estrada a escolha dos pneus esteve pacifica até há quase dois anos atrás, quando a Mizuno descontinuou o modelo Cursoris e fiquei sem uma alternativa económica e com que me sinta 100% satisfeito a correr. Actualmente utilizo os modelos Runfree da Nike, que não são de todo a mesma coisa que os Mizuno, mas dentro do género são dos mais económicos que consigo comprar no mercado.

Nos trilhos a história é parecida. A única preocupação adicional é que aqui tenho de escolher um modelo que igualmente proteja bem os pés. Utilizei diferentes marcas e diversos modelos com baixo perfil e drop abaixo de 4mm, até que o ano passado experimentei os Altra Lone Peak. A Altra é uma marca americana que produz ténis com drop zero e com um formato natural do pé, permitindo correr com uma movimentação do pé completamente livre. A sensação que tive quando experimentei os Lone Peak foi a mesma de quando calcei os Mizuno Cursoris pela primeira vez, parecia que estava a correr de pantufas. Fiz mais de 1000 Km com os Lone Peak 2.0, já vou em mais de 400 com a terceira geração deste modelo, os Lone Peak 2.5, mas nas distâncias grandes sentia que ainda me faltava qualquer coisa. Não sou propriamente levezinho e os especialistas recomendavam algo com mais amortecimento.
Um pouco na dúvida e um pouco a medo resolvi comprar uns Altra Olympus 2.0. Este é o modelo com mais amortecimento da Altra e observados de fora parece que se vai calçar uns antigos sapatos de plataforma. As características que tanto aprecio do drop zero e do formato natural para o pé estão lá, e as questões estéticas são as que menos importam na escolha acertada de umas sapatilhas.

E não é que gostei?! Pensei que a altura da sola ia ser um problema para os meus tornozelos mas pelo contrário é uma sapatilha com bastante estabilidade, talvez aquela em que senti mais resistência para evitar torcer os mesmos. Corre-se bem, sem qualquer tipo de problema devido à altura da sola, e consigo correr de novo sem medos nos locais mais técnicos, seja a subir seja a descer. No Trail da Salamandra da noite passada tive a oportunidade de fazer uma descida de downhill a alta velocidade e que bem que me soube, já há muito tempo que não fazia uma coisa destas.
Ainda continua a estudar e a perceber este modelo, mas sem dúvida que já conquistaram a minha confiança para os utilizar no UTMB.
Continuação de bons treinos e de boas aventuras!!!
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