Paris Brest Paris – Dorsal G289

Já não há volta a dar. Daqui a pouco é mesmo a partida para o Paris Brest Paris. Serei apenas mais um dos cerca de 8000 randonneurs de todo o mundo que vão iniciar este desafio.
A partida (e a chegada) é no castelo de Rambouillet nos arredores de Paris. A organização e o espírito fantástico que os franceses colocam nestes eventos nunca deixa de me surpreender. Organização pensada para a dimensão do evento e para o fluxo extraordinário de pessoas. São milhares os voluntários que estão por todo o lado a ajudar, a orientar, a dar indicações. Vive-se e transpira-se uma atmosfera multicultural muito saudável, neste caso unida pelas bicicletas. E por falar em bicicletas, há das ditas para todos os gostos. Desde as randonneur clássicas, bonitas e brilhantes, a bicicletas modernas com um ar super-rápido, passando pelos tandens, triciclos, recumbents, velomobiles, e muitas outras com designações de que eu nem sei o nome, é uma variedade tal que nos obriga sempre a virar o pescoço para observar e comentar a beleza de muitas destas máquinas.


O plano. Para eventos desta grandeza, diria mesmo para qualquer evento, é conveniente delinearmos um plano. Obviamente temos de estar preparados para que o plano falhe, e ter outros planos ou, pelo menos estar preparado para essa eventualidade, e poder ajustar, corrigir, ou até mudar a tática, a meio do jogo. O meu plano é simples, dividi os 1200 quilómetros em três etapas de aproximadamente 400 quilómetros, dormir ou descansar umas horas no fim dessas etapas e, se tudo correr bem, ainda ficarei com um tempo extra para descansar perto de Rambouillet e assim chegar com a luz do dia. No mundo perfeito, este plano seria também perfeito para mim. No mundo real podem acontecer um infindável número de imprevistos como problemas mecânicos, condições atmosféricas instáveis como a chuva e o vento, acidentes, problemas físicos inesperados, ter de ajudar alguém no percurso, como disse, um sem número de situações que podem fazer o plano sair ao lado. Há que estar preparado e saber ajustar se necessário.


O meu dorsal é o G289, e começo a pedalar às 17h30 de França, 16h30 em Portugal. Quem quiser ir sabendo se está tudo a correr bem pode acompanhar o desafio clicando neste link.
Desejo boa sorte a todos os participantes e em particular aos outros 15 Randonneurs Portugal que vão participar no Paris Brest Paris.

Até breve(t)!

Sobre mim…

Chamo-me Nuno Gião e sou um atleta de pelotão que gosta de correr longas distâncias. Se há uns anos atrás me tivessem dito que ia correr uma meia maratona eu chamaria louca a essa pessoa. Imaginem se me dissessem que em 2014 iria correr uma prova 100 Km... Actualmente corro Ultra Trails, participo em desafios de endurance na natureza e é sempre uma enorme satisfação que cruzo as mais fantásticas paisagens. Tento superar os diversos desafios a que me proponho. A vida é demasiado curta e bonita para ser desperdiçada sentado num sofá.

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